15 de novembro de 2010

Uma foto, uma história VI

Despedida da mana.
      E quando as coisas mudam? Rápidas como um relâmpago no meio da noite chuvosa. E aí? O que se faz? Quando não se tem alternativa, quando se vê pessoas que sempre estiveram contigo em todos os dias da tua vida, irem embora.
   Quando quem ouve tuas mentiras, teus podres, tuas patifarias, te da conselhos, ora por ti. Em dois segundos some. Vai embora. Pra bem longe e tu não pode fazer nada com relação a isso, pois essa mudança vem pro bem (foi o que disseram). Não sabe a falta que faz, mesmo sabendo que vai voltar e falta pouco.
      Me lembro de uma situação que define muito bem as coisas:
Calça social, camisa social, sapato e suando a vodka de algumas horas atrás, entrei no quarto eram 3:30 da manhã.
-Lú!
-Que?
-Tá tudo bem?
-Tá!
-Aconteceu alguma coisa?
-O que tu quer ouvir primeiro. A mentira ou a verdade?
-A mentira!
-A noite foi boa, tudo sobre controle.
-E a verdade?
-Enchi meus canecos, bebi o dinheiro do taxi e voltei a pé. Ou melhor, correndo!
E o som?
Aquele Nando Reis pra acalmar meu coração leviano (como já dizia Paulinho)
Nando Reis - Não vou me adaptar
"Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia"

"Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar!"


Existem sentimentos que eu realmente não entendo.

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