27 de junho de 2010

Vaias e aplausos não fazem ninguém

Torcidas, pressão, jogar fora de casa, jogar dentro de casa, erro, acerto, vitórias, derrotas, vaias e aplausos. Locais e fatores abstratos. Coisas que fazem a diferença no final. Mas por que? Por que se tornou um ponto determinante na vida de um atleta que compete normalmente um esporte coletivo? Dentro dessa divagação elimino os méritos de qualidade de equipes e etc... Falo de pressão, falo de fortaleza mental, falo de psicológico. Vemos grandes equipes abrindo suas pernas para pequenas fora de casa. Será que sempre foi assim? Será que a cabeça dos atletas está tão ruim assim nos ultimos, sei lá, dez anos?
O nível de competição aumentou nesses últimos tempos, e a cabeça não? Nesse contexto de perguntas, nos deparamos com leões que viram gatinhos, e gatinhos que viram leões. Dependendo da situação. Dependendo do foco, dependendo da cabeça de cada um.
Existem atletas que crescem com a pressão, tem os atletas que tremem com a pressão e ainda os que nem sabem o que é pressão. É um fator tão pscológico e ultimamente tão importante, que muitas vezes esquecemos o resto.
Esquecemos os treinos, esquecemos a qualidade, esquecemos os níveis físicos e técnicos. Eai, quem grita mais alto leva.
Não generalizo, mas essa sim é a realidade de muitos atletas. Deixo claro que esse é o ponto de vista de um atleta e não de um torcedor.
"Treinamos para sermos leões, então seremos leões. Por que no final, independente do local e do adversário:
Vaias e aplausos não fazem ninguém."

Eu poderia ter escrito uma dúzia de indiretas (diretas) para uma dúzia de pessoas e acertar elas em cheio totalmente desprevinidas. Mas a minha good vibe não deixa. E pra manter ela, vai um Paulinho da Viola.
Eu canto samba - Paulinho da viola

"Há muito tempo eu escuto esse papo furado
Dizendo que o samba acabou
Só se foi quando o dia clareou!"
O meu samba não acaba. Difícil é me ganhar, fácil é me perder.

20 de junho de 2010

É Complicado

Minha história começa numa manhã apática de quinta-feira, quando fui parar no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, devido a uma amigdalite FORTE que sobreviveu a um tratamento com amoxicilina de 7 dias e voltou pra ficar. Com muita dificuldade para respirar e com muita febre, cheguei ao HPS sozinho, no peito e na raça. Após esperar (muito), exame de sangue, injeções, salas de atendimento clinico e o escambal. Saí de lá com uma receita de um novo antibiótico, já eram 14:30. Fui pra casa e fiquei de molho até sábado pela manhã, sem sinal algum de melhora, parecia que tomava comprimidos de farinha.
Sábado chegou, levantei cedo e nada de melhorar. Já havia compromissos marcados. Charrua vs Farrapos em São Leopoldo, não fui convocado para este jogo, também não tinha condição alguma. Mas queria ir, assistir, ajudar, apoiar no jogo mais importante do ano até agora.
SIM, eu não me alimentava desde quarta feira a noite e o tempo pra dar uma forcinha fez questão de mandar MUITO mais chuva. E no peito e na raça de novo fui para São Leo, sem voz pra torcer, sem força pra ajudar, vencido. Mas fui, fui por que acreditava no meu clube, fui por que era importante pra mim e pra minha família.
Sábias palavras do Alemão: "Muito por um time, TUDO pela família."
Sobre o jogo? Foi bom, fortemente dominado pelos gordinhos, tanto do Farrapos, quanto do Charrua. Foi um espetáculo, de alto nível, muitos tackles de cartilha, uma verdadeira aula de rugby.
Não vou criticar arbitragem, muito menos a condução do jogo (cartões amarelos, vermelhos e penais). Na metade do primeiro tempo com um penal convertido Farrapos saia na frente 3 x 0. O jogo foi ficando nervoso, eu fui ficando nervoso. Fim do primeiro tempo com o mesmo placar, me sentei já cansado, já febril. Mas ainda acreditava. Ficava passando na minha cabeça nosso grito de guerra: "Não tá morto quem peleia!", "Não tá morto quem peleia!", "Não tá morto quem peleia!".
Começou o segundo tempo, quando comecei a me desesperar e o olho lacrimejar aos 30 do segundo tempo: Penal! Saí dez metros Farrapos!
Blanquito pede para chutar aos paus. Bêlo ajeita com carinho. Estava perto, mas na chuva e na dificuldade do jogo parecia tão longe. Bêlo toma distância e concentra. Apertei as mãos, deve ter durado 12 segundos. Mas foram os 12 segundos mais longos do jogo.
Penal convertido. Charrua 3, Farrapos também 3. Eai eu já nem sabia onde estava, muito menos a amigdalite. No meio de um ruck, um pisão e uma reclamação. Cartão Vermelho Charrua! Voltei a apertar as mãos, o cronômetro corria devagar. "Quanto tempo falta? 5 minutos! Vamo Charrua vamo!" Sem uma palavra. Apreensivo, assisti o jogo nervoso que se encaminhava a um empate. Passando a linha das 22 Vermelha e Azul. Offside no chão. Penal! Sai dez Charrua! Não acreditei. No meu relógio faltavam 3 minutos. Ouvi o juiz dizer que era a ultima bola do jogo.
Penal convertido 6 a 3 Farrapos. Fim de jogo.
Muito mais forte que eu, veio o choro, a febre, a dor. No ultimo minuto. De uma forma imparcial? Literalmente emocionante.
A moral da história é: Até onde se vai, pelo que se acredita? Pelo que se ama? Coisas ou pessoas (não importa)
É complicado.

16 de junho de 2010

Lá na minha rua é diferente

Nunca paguei de dono da bola muito menos do Campinho, longe disso. Sempre ouvi primeiro pra depois julgar dentro dos meus conceitos o que acho certo ou errado. Antes dos conceitos, julgo dentro da minha realidade. Não falo em realidade social, por mais gritante que seja hoje em dia e em qualquer lugar. Falo em realidade de um modo geral, das coisas que aprendemos, onde vivemos, o que nos marcou e de uma forma ou de outra, o que molda nosso caráter no final das contas.
         Na minha caminhada, conheço todo o tipo de gente. Algumas te agregam valores, algumas são mais livres, outras passam despercebidas e outras não. Dentro dessa linha, as realidades de cada uma delas se encontram, se conciliam e se conflitam. Ultimamente não ando batendo de frente (como antigamente), com as coisas que não concordo. Cada um na sua grandeza, ou na sua realidade (como ficar melhor). 

Mas tem gente, que meu Deus! Tem alguns momentos que (quase) penso que quem está completamente fora da realidade sou eu. E ai falo de uma realidade coletiva, que são conceitos mais básicos para boa convivência. Mas ai me lembro, dos valores que aprendemos e de toda a realidade em si (sem pensar na dos outros), que é muito mais importante. É...

Lá na minha rua é diferente.

E o som, pra relembrar algumas coisinhas.
O Rappa - Se não avisar o bixo pega!

13 de junho de 2010

O melhor dia do ano

E o menino que nasceu numa quarta feira treze, na madrugada fria do ano de 1990. O caçula do seu Fernando e da dona Sueli, sabe aquele?
Esse mesmo! Está ficando velho.
Completando 5 Copas do Mundo, o melhor dia do ano sempre foi e sempre será (pra mim) o dia 13 de Junho.
Vintão nelas! Como diria um amigo. E muito bem comemorados em família. Falo em família, pois todos que vi, todos que passaram por aqui. Tem uma grande parcela de importância na minha vida.
E falo de passado e presente. Já que o futuro a Deus pertence como diria vó Eloi. Todos esses, são os que realmente valem a pena, são os que te fortalecem cada dia, cada um de uma forma diferente. Todos fazem parte da minha família. Agradeço a todos, os votos de felicidade e a companhia que vale muito mais que ouro.
Mãe: "E os presentes?"
Lucas: "Os melhores foram os que não envolveram dinheiro."
Do fundo do meu coração. Obrigado. E até ano que vem. ;)

9 de junho de 2010

É, o Inverno é mesmo mágico (trágico)

No sul do país onde há um (des)equilíbrio forte entre as quatro estações do ano. Quando faz calor, realmente faz calor -Janeiro e Fevereiro que o digam- e quando faz frio, realmente faz frio (e chuva) -Junho e Julho-. Uma região um pouco diferenciada por isso sim, mas não só apenas pela mudança climática e sim pela mudança de comportamento da sociedade, que (concordando ou não) está relacionada a temperatura e cultura desse povo. Deixando a parte didática (chata) para trás. Comecei assim, por que está cada vez mais nítido, pelo menos pra mim, essa mudança de comportamento. Como já ouvi de muitos, talvez até brincando com isso. "O frio vem chegando e ninguém gosta de ficar sozinho." É impressionante, a quantidade de pessoas que começam a namorar nesses meses de inverno. Ou até antes, eu acho que tem gente que até prevê isso, e começa a namorar tipo em Abril só pra garantir. Não que mude muita coisa na minha vida, sempre fiz minhas correrias independente do dia, mês, ano ou estação climática. Dentro desse ponto, em modo geral. Ando vendo de tudo: Casamentos reatados, erros imperdoáveis - agora perdoados, namoro a alguns anos morto - agora ressuscitado, meses sem contato algum: uma ligação e vap! É o inverno é mesmo mágico!
Gosto de ver quando começa a esquentar de novo, o pessoal sai mais, praia, festas, festas na praia acabam virando rotina. Toda aquela malemolência matreira que o verão traz. E os lindos amores são tragicamente esquecidos, até o próximo inverno claro. A pergunta da vez é, pra onde vai toda a magia? As juras de amor? É! O inverno é mesmo mágico! Ou seria o medo de ficar sozinho? Desespero de alguns? Sinceramente acho engraçado, quando recebo as notícias. "Tu nem sabe! Tô namorando!" O conselho é: Aproveitem seu inverno da forma que fica melhor, independente de relacionamentos. A velocidade que as coisas chegam é a mesma velocidade em que elas vão embora ou são esquecidas depois? Queimo minha lingua (claro que queimo!) com algumas excessões (eu já fui uma delas). Maaas, não estamos falando destas. E sim, da Magia! Que aparece e some! Como um truque na mão do mágico.

A música da semana é da banda Fmeia4 que ta lançando até clipes novo.
O clip oficial ta aqui.


Mas como eu gostei mais dessa versão que achei nas ruas da internet né ;9~.

Seguidores

Visualizações