Para soltar um pouquinho a sexta-feira de uma semana pesada e me despedir de um Agosto do qual não vou sentir tanta saudade, quanto dela.
No calor da noite, onde quem se perde acaba encontrando e vice-versa. Surgiu uma situação que lembro com muita alegria e SAUDADE, situação da qual pedi ajuda para meus amigos para descreve-la.
Que Saudade Dela
"A mina tinha uma cara de cavalo cansado, daquele cavalo judiado, acabado, exausto. Na capa da gaita.
Ela era toda esgaçada, cansada, Beem cansada. Na capa do carno. Toda guenza e apaixonante.
Aaaah! Que saudade dela!
Aquela prótese no quadril deixava o andar dela muito sedutor. Uma hemorragia de prazer, fora a perna de pau. O olho de vidro que era uma perdição, o tapa olho então! E o papagaio no ombro? Me dá arrepios só de lembrar.
Que Saudade.
Ela tinha uma bunda pesada também. Muito pesada, eu diria. Fui jogar ela pra cima e não consegui segurar depois, caiu de boca no chão. Perdeu os dois atacantes da frente...
Que Saudade.
Ficou linda! Uma musa!
Um rosto torto e um perfume de fedor. E um jeitinho de mancar que me pirou! Que me pirou o cabeção!
Musa do verão, tinha até hit.
E sem os dentes, facilita o trabalho.
Malvado? Eu?
Eu sou bom. Se fosse malvado falaria dos 8 dedos que ela tinha em cada pé e dos que faltavam na mão.
Pra equilibrar.
Isso tudo antes do acidente. A lepra ela sempre teve. Isso explica a monoteta. Achei que era um sinal de nascença.
A última vez que fui pegar na mão dela, levei comigo o dedo do meio e o indicador.
E ela sempre foi careca? Pensei que ela tivesse cortado o cabelo. ;/
QUE SAUDADE DELA!
Ela fez Quimioterapia na UFRGS. Aí no trote rasparam todo o cabelo dela. Nunca mais cresceu...
Toda careca e sedutora.
Saudade aperta no meu peito. Mais apertado que os olhinhos vesgos. Quando ela ainda tinha olhinhos.
Aquele umbigo mais parecia uma toca de tatu. Impossível não lembrar dela...
Os cabelos brancos encaracolados que saíam de lá. Marcaram minha vida.
Aquelas bochechas pareciam duas nádegas. E aquela boca sem dentes ali no meio então, nem vou dizer.
E as orelhas? Achei que ela lutava jiu-jitsu. Uma pena que era surda.
E o nariz? E que nariz! Nadava de costas, achavam que era tubarão.
Era um perigo nas praias de Cidreira.
Batendo as orelhas, nadando como um baiacú. Certa vez pescaram ela pelo calcanhar. QUE SAUDADE.
Chegava sempre atrasada! Mas e o nariz? Não. esse chegava sempre no horário.
Saudade bate forte. Mais forte que aquele bíceps. Não tem."
Obrigado aos meus amigos: Fábio Konrad, Leonardo Farina, Vitor Guimarães, Christian Walter e Túlio Dapper por me ajudarem a lembrar COM SAUDADE. Dela...
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