- Ficha técnica. Me chamo Nahuel Ernesto Camano Silvestrini, tenho 23 anos, formado em Biologia pela PUCRS. Comecei com 5 anos na França num time pequeno aos 8 anos voltei para Porto Alegre e somente consegui jogar de novo no Charrua. Cara posso jogar de qualquer coisa, aonde o treinador me colocar, mas ano passado joguei de abertura/centro e este ano estou de half (posição que eu mais gosto). Foi num sábado de noite, eu abri a Zero Hora e tinha 2 páginas de materia sobre o rugby e sobre o Charrua que ia se apresentar em Canela e fomos no domingo mesmo para poder jogar, até hoje ninguém fez uma matéria tão grande como aquela! Em 2006 eu era do Charrua mas estava morando na Argentina jogando no Club Atletico del Rosario, quando voltei por algumas diferenças troquei de clube e ajudei a fundar o San Diego Rugby junto ao Diego Dias e Jorge Silvestrini.
- Quanto tempo joga e como conheceu o Rugby? Jogo faz muito tempo, pelo menos 9 anos, quando comecei no Charrua depois fui para o San Diego. Quando era pequeno morava na França. Lá todo o mundo conhece o Rugby e foi pequeno mesmo que joguei meu primeiro jogo. Quando retornei para Porto Alegre não havia rugby, tive que esperar 6 anos para poder voltar a jogar.
- Contra quem foi sua primeira partida? Eu não lembro meu primeiro jogo, mas quando tinha 15 anos eu jogava no Charrua já porque não tinha juvenis. Me lembro de um jogo contra o Curitiba em Florianópolis no campestre se eu não me engano. Na época nós perdemos mas faz muito tempo, tinha jogadores como o Otávio, Nilson, Marcos, Mauro (paulista fundador), Fernando ”Bike”, Ismael "Pantufa" e alguns que eu não me lembro.
- Qual jogo que você jogou que considera inesquecível? Jogo que considero inesquecível, pelo Charrua teve um jogo em Rivera contra o Arlequines no estádio Atílio Paiva, e perdemos no último minuto do jogo. Para o San Diego o meu jogo inesquecível foi contra o Charrua mesmo, que conseguimos virar nos últimos minutos e ganhamos, teve muita festa aquela noite.
- Qual jogo que você assistiu que considera inesquecível? Quando morava na Argentina eu vi o time que eu jogava, CAR, contra o SIC em casa e ganhamos 33 a 31 nos últimos minutos foi inesquecível e todo o clube ficou cantando e pulando quando acabou o jogo. O que foi muito legal também foi ir no terceiro tempo e ver os jogadores bêbados amigos de todos, querendo dançar, se divertir como qualquer pessoa depois de um jogo muito duro de rugby.
Gênial - Qual o seu jogador preferido e por que? Jogador inesquecível... O Juan "Fernet" Diaz é totalmente esquecível mas não conta né? Eeheehhe. Tinha um pilar no CAR José Zeida que era uma pessoa que entregava todo o coração que tinha nos jogos e Sebastian Ibañez era um centro muito pequeno tipo Ricardo “mano” do San Diego mas era um animal no jogo, nunca vi alguém passar por ele e isso que ele jogou contra Pumitas, Pumas sevens. No Brasil existem jogadores muito bons, o próprio Diego era um animal tackleando e para colocar energia no grupo, o Ige do Desterro joga muito bem cara forte rápido e inteligente para jogar, Sylvain Hamel foi um francês que jogou com a gente no ano de 2009 e o cara era uma luz, muito rápido, sabia tacklear e trocava a corrida de sentido sem perder a velocidade. Dos jogadores internacionais meu preferido foi Justin Marshall half scrum da seleção neozelandesa. Alguém que eu acho que merece um espaço extra seria Jorge Silvestrini, ele fez um trabalho muito importante na federação gaucha de rugby. Conseguiu organizar campeonatos para todo mundo, tem cada vez mais jogadores e clubes no estado, tivemos pela primera vez seleções em todas as categorias com ótimos resultados, mais árbitros para todo o estado. As coisas realmente estão melhorando muito, ao meu ver foi um salto de qualidade incrível.
- Qual a influência que o Rugby tem na sua vida? TODA. Tenho o que eu tenho por causa do rugby, tanto pessoal, como profissional, como de lazer. Fiz amigos pelo rugby, trabalho e estudo com mentalidade de rugby, ou seja, de fazer meu melhor sem parar e dar meu todo para minhas responsabilidades.
- O que você espera do seu clube nessa temporada de 2011? Eu espero que mude a mentalidade, o San Diego acha que sem treinar se pode sair campeão, que sem humildade tu pode ser uma boa pessoa, que treinando sério somente uma vez por semana não dá para ganhar de times como Charrua, Farrapos, Curitiba, Desterro, BH, etc. Temos 12 na terça, 10 na quinta e 40 nos sábados, impossível de melhorar assim. Os jogadores ainda não sabem o que quer dizer a palavra COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE e AMOR PRÓPRIO. Até que esses jogadores aprendam isso nunca vamos ser mais do que um grupo de pessoas que se juntam 3 vezes por semana para jogar Rugby de vez em quando.
- Deixe uma mensagem para as pessoas que conhecem pouco ou nada do esporte. Joguem Rugby, se dediquem e conseguirão tudo que vocês precisam para ser feliz, amigos, garra, coração, amor próprio, respeito.
- Consideração final e um som que você acha que combine com o Rugby. GILDA - No me arrepiento de este amor.
P.S² - Falta uma perguntas mais engraçadas! ehehhehehehe
6 comentários:
Argentinos e suas músicas...
Muito boa a entrevista. Terrível a música. O Nauhel começou jogando no Charrua muito novo, tínhamos receio de que se machucasse jogando entre os adultos, pois naquela época não tínhamos categorias de base. Além disso, ninguém imaginava que o rugby no RS teria essa dimensão que tem hoje. Fico feliz pelo crescimento do esporte no estado.
Abraços,
Ismael Arenhart (Pantufa)
Dalhe Pantufa! Ah. E o Juan mandou dizer pro Nahuel que nem vai comentar nada. Que vai resolver nas quatro linhas. =O
Independente de time, do que um ou outro disse, acredito que Nahuel e o Juan são duas moças bebendo Fernet.
Concordo em cada palavra!
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