13 de fevereiro de 2011

-Bom dia.

      Era 07:04 da manhã, fazia bastante frio - típico do local e da época do ano. A porta do casebre abria por volta das 07:15 e eu aguardava sentado na grama molhada. Cheio de coragem, sem máscaras, nem tiradinhas estratégicas. Era eu, meu medo, minha vontade e o tempo, que ousava sair do compasso a todo momento.
      Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha ido até o casebre, pra ver a porta abrir e dar bom dia. De quantos quilômetros percorri, quantas vozes ouvi. Já tinha perdido tudo. Só não sabia. E nesse momento, em que perdemos o controle das coisas, em que o relógio corre feito louco e o coração dispara.



      Nesse exato momento, as nuvens que escondiam o sol davam seu sinal. E o sereno virava chuva, chuva que caia bem de leve, quase sem perceber. Discreta e implacável, como o tempo que já tinha passado e o silêncio que acabava de ir embora.
A fechadura enferrujada avisava: olhos apreensivos, sorriso discreto.
-Bom dia.

Tenho saudade do tempo em que as dificuldades eram reais.
Distâncias, tempo curto, missões impossíveis.
Sem jogos de mentiras e verdades.

som. Porra eu tô com esse som na cabeça, já faz um tempo. um Frango 64 das antiga. Peeeeega!
Frango 64 - Frango Song

"Pelo menos uma vez!
Tente olhar pra trás, ver o que fez
Veja se valeu a pena sua vida
Veja se tudo foi alegria."

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