30 de setembro de 2010

Não nego

Remexendo em uma caixa esquecida aqui em casa atrás de alguns documentos, encontrei uma agendinha de 2004 cheia de folhas soltas bem dobradas e em uma delas havia um poema.
Recordar é viver...
Não nego - (Lucas Martins - 21 de Julho de 2004)
"Me faz de capacho, gato e sapato
Não nego
Trás pro presente, fico contente
Instante
Quase me acabo, viro um trapo
Me apego
Mais claro de frente, não olham agente
Te entrego
Me olha cansada, não faz quase nada
Silêncio
Corro um pouquinho, num beco sozinho
Escuro
Fico calado, um abraço isolado
Conforto
Diz que me ama, deitada na cama
Ilusão
Me vê indo embora, grita lá fora
Paixão
Saio quietinho, bem de mansinho
Não nego"

Existem coisas que realmente não mudam.

28 de setembro de 2010

Amiguinhos da onça

Ah os amigos! (de novo).
Existem diversos tipos, os que realmente valem a pena: aqueles que conseguimos contar nos dedos de uma mão só, os afastados por algum motivo alheio, entre outros e claro. Os amiguinhos da onça.
Aqueles que estão contigo na boa, te ajudam, te auxiliam, te fazem favores, até dinheiro te emprestam.
Mas no momento ruim. Quando ninguém fica do teu lado e sim todos na tua frente, quando nada te ajuda e muitos te puxam pra baixo.
Nesse momento ao sinal de qualquer conflito a onça aparece e te cobra o dinheiro emprestado, os favores feitos, o tempo perdido, jogando na cara todos os "serviços prestados" dentro daquela "amizade".
Andam dizendo por aí, que as onças estão em extinção, seriam as onças ou as pessoas?
Mesmo assim comprei uma espingarda de chumbinho. Pra caçar algumas onças que estão soltas andando por aí.
E o som?
No pagodinho pra começar a semana bem. (not)
Samba do Dj - Art Popular
"Vai me conhecendo
Que eu vou te entendendo
Prá não machucar depois
Sexo, família
Amigos, correria
Devagar é bem melhor"

24 de setembro de 2010

Cavalo Encilhado

Oportunidades. Nos dias de hoje tudo anda muito dinâmico, tudo anda muito rápido, muito mutável. Nos adaptamos a rotinas e pessoas de uma forma muito fácil, até por que se não conseguimos tal proeza a vida se encarrega de encontrar quem consiga. Dentro desse naipe (com algumas cartas marcadas), diversas possibilidades surgem e com elas vem as oportunidades. As oportunidades que tu aproveita, e as que tu deixa de aproveitar por um motivo ou outro.
As oportunidades que podem ser tanto situações em si, que mudam sua rotina direcionando a vida de uma forma geral, ou até mesmo pessoas com quem se relaciona, que (querendo ou não) também te mudam.
Mas... E se em um belo dia de sol tu se depara com a oportunidade da tua vida?
Só passa uma vez...
Tu percebe que a situação, ou pessoa é importante. Tu terias a coragem de mudar? De muitas vezes abrir mão de uma série de coisas e aceitar outras tantas novas?
Muitas vezes grandes oportunidades e pessoas não te esperam.
Simplesmente somem ou viram suas costas e vão embora.
E o som?
Relembrar é viver...
Da Guedes - O tempo passa
"Aperte o cinto escolha a sua poltrona 
com ritmo frenético da vida o tempo voa 
quem espera não alcança fica atrás não realiza 
vegeta cria raiz na contramão toda vida"

21 de setembro de 2010

Cabeça de minhocas

Ah! As nossas companhias! Nossos amigos!
Independente de qual seja a situação, estão alí sempre no nosso lado, na boa e na ruim.
Ok. Até aí. Tudo bem...
Agora, a partir do momento em que as companhias (não entro em detalhes no grau de amizade das pessoas, até por que acho isso muito pessoal) começam a botar o bedelho nas situações alheias, nos relacionamentos alheios e na vida em geral do cidadão.
"Ae perae um poquinho"
NÃO NÉ.
Existem dois tipos de pessoas, as que são altamente influenciáveis e as que não são. Não me considero sendo a primeira opção, até por que se fosse e pelo que já ouvi dos outros sobre as minhas ações, eu não teria feito a metade das coisas que faço.
Agora, existe o outro lado.
O lado que ouve os boatos, o lado que algumas vezes acredita neles. E esse é o problema.
Cuidem das suas próprias minhocas, por favor?
Som?
Favela - O Rappa
"Vá dizer pra ela! Que o som que eu faço vem lá da favela!

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17 de setembro de 2010

Pena de Galinha (preta)

Você sente pena?
Calma! Não responda. Abra uma cerveja, acenda seu cigarro, vá dar uma volta, respire e pense.
Em qual condição você sentiria pena?
Eu acredito que o sentimento de pena é condicional, ou seja, depende da condição de cada situação.
Por exemplo: Quando o cidadão é responsável pela situação e acaba se tornando (de certa forma) vítima. Acho que não deve ser digno de pena.
Agora. Se é um refém da situação onde não se pode fazer nada para muda-la, ou se todas as tentativas possíveis de reverter já foram tentadas e frustradas. Aí sim, começo a pensar no caso.
Não sei quanto aos outros, mas eu sou muito orgulhoso para sentir pena dos outros ou de mim mesmo. Nunca pensei em cobrar isso de ninguém da forma que vejo muitas pessoas fazendo por aí.
Os meus problemas são MEUS, as minhas dificuldades (sim elas existem e são muitas) são MINHAS e EU vou tentar reverter da forma eu achar melhor. Sem falar nada. Sem esperar o julgamento alheio.
Como diria minha vó:
"Quem tem pena é galinha e preta ainda."

14 de setembro de 2010

O que faria o amor agora?

Alguns dias atrás me peguei observando uma pixação em algum lugar no centro de Porto Alegre, que dizia assim:
"O que faria o amor agora?"
Não sei a procedência da frase, uns dizem que vem do lado espiritual e outros não dizem nada. Mas isso não vem ao caso. A minha finalidade era outra, no sentido literal.
Objetiva, sucinta, direta e ali, parada, me olhando. E aquilo me incomodou, juro. (mentira).
Pensem um pouquinho (faz uma forcinha vai): Lembrem de situações boas das quais tu poderia falar um "Eu te amo." E não falou nada, apenas sorriu. Com um certo receio da reação alheia, o silêncio acaba virando a melhor resposta.
Mas, por que?
Passamos da fase de vulgarizar o verbo amar, era eu te amo para todos os lados, todo mundo amava da noite pro dia em qualquer relacionamento e eternamente (sendo que o eternamente durava o que? duas semanas?).
Hoje em dia muitas vezes temos os motivos, os sentimentos, os argumentos para poder sim vulgarizar o "Eu te amo", bem direcionado claro, mas não fazemos. As vezes por medo, as vezes por nada.
E agora eu pergunto a vocês. Dentro da(s) Patifaria(s) de cada um.
"O que faria o amor agora?" (se ele de fato existe).
O som?
Dentro desse tema, tem um pagodinho (do qual em alguns dias eu tenho pavor e em outros não) que fala exatamente isso.
Grupo Bom Gosto - Ninguém é dono de ninguém
"Nem reagiu entregue ao pecado
Nem quis saber presente ou passado
Nem questionou se é certo ou errado
Nem ta preocupado"


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12 de setembro de 2010

A escolha certa (não)

Existem momentos da vida em que temos que fazer algumas escolhas (sério? gênio!).
Não, não. É sério. Eu bato nessa tecla, por que tenho um pé (muito) atrás com relação as escolhas que eu faço. Uma frase que um nego sem vergonhão me disse uma vez e que eu só fui entender de fato agora:
"Mesmo quando eu estou errado, eu estou certo."
Pega a soberba e a máscara da frase, coloca no bolso e pensa. Quantas vezes todos na tua volta estão vendo que está errado e te avisam. E tentam te mostrar o caminho certo. Mas nãããão. Pra ti o certo é o errado. Até o errado dar errado e tu perceber que estava errado, mas no momento era o certo. (?)
E muitas vezes no final tu estava certo. Certo em não ouvir ninguém, certo em correr atrás das coisas e pessoas que te fazem bem, independente da situação.
Porta dos Desesperados
Nenhuma escolha é absoluta, muito menos totalmente certa (ou errada).
Erramos e acertamos o tempo inteiro (eu então). Só espero que entendam isso.
E o som?
Na vibe de apaixonado (mas mudando um pouco o feeling do som), não pelas pessoas como já falei. Mas sim pela vibe que elas me proporcionam e pelas situações que muitas vezes me salvam do temporal.
Ben Harper - Steal My Kisses
"Cause I always have to steal my kisses from you"

8 de setembro de 2010

Veranópolis - diário pós bordo

É nóis que voa... Pro chão! hahaha'
Uma das melhores trips de 2010 disparado! Pela indiada, pela vibe, pelas companhias, por todos que realmente valem a pena.
Em alguns momentos na viagem, na concentra e na festa. Entre um gole de Whisky e outro, eu senti falta de algumas pessoas que não consegui reunir nessa viagem. Pessoas que se divertiriam muito, da forma que eu me diverti.
Preto Tinga, Mestre Jonas e Nêgo Douglas
 Tirando esse detalhe. Não tenho nada do que reclamar, nem do momento em que nos perdemos na Serra, nem da pousada Roots, nem das derrapagens tentando subir um morro, nem do Xis Bixona que o Fábinho pediu. "Xis com tomate, pão e carne.", Muito menos da maionese.
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

4 de setembro de 2010

Veranópolis - arrume sua mochila

Diário de viagem, Porto Alegre, são 11:30 da manhã.
Espero que meu motorista esteja bem descansado para enfrentar a estrada em direção a Serra Gaúcha, por que eu não estou =D.
Festival do Whisky nos aguarda dentro de uma cidade que tem uma vibe que poucas tem, onde se recupera ou fortalece grande parte do feeling pra seguir em frente.
Eu sou suspeito pra falar (mochileiro do jeito que eu sou), mas a trip pra Vera (tanto no carnaval quanto agora) é uma das melhores (em 2010).
Carnaval 2010. Babilônia 1000º Graus
Sem muito o que declarar, o contrato já foi assinado, a grana já foi separada, a roupa tá na mochila e a caravana da alegria parte as 15:00.
O time está escalado: Nêgo Souza, El mago D'alessandro, Mestre Jonas e o preto Tinga aqui (na volância).
Labareda Sport Club botando pra derreter a Serra Gaúcha.
Espero que as vibes em Porto Alegre fiquem do jeito que estão, a tendência é melhorar, ainda mais agora. x)
E o som?
Good Trip - Forfun (tenso)

"Nobre de alma é quem vive em harmonia
Mantenho o equilíbrio onde for
Segue a babilônia alucinada dessa geração
Dando lugar a luz que vem de cada coração
Sigo pro alto, a bpm da evolução
Sem bad trip nada me abala
Abra a sua mente, faça sua mala"

1 de setembro de 2010

Pessoas iguais, idéias diferentes (não)

Pare pra pensar de uma forma irônica, só por um instante.
Pense em cada situação que a vida te proporciona, em cada enredo de cada samba, como se cada situação fosse um carnaval e cada pessoa fosse um carro alegórico na avenida. Cada um com sua forma diferente, mas (quase) todos eles na mesma velocidade, com o mesmo tempo e com o mesmo objetivo.

Eaí termina-se o carnaval, começa-se outro e o carro alegórico segue, na mesma velocidade, com o mesmo tempo e com o mesmo objetivo, apenas com a fantasia diferente.
Existem carros que não mudam seu comportamento assim como algumas pessoas. Entra carnaval, sai carnaval e o enredo é sempre o mesmo. Poréééém (aaaaaah porééém), na contra-corrente existem outros carros, que terminam um carnaval e mudam. Mudam sua velocidade, mudam sua fantasia, mudam seu objetivo, mudam seu tempo. Deixam sua essência na mesma intensidade e reagem de uma forma diferente ao início do próximo carnaval.
Engraçado, não?

E o som?
Beth Carvalho - Acreditar
"Acreditar? Eu não!
Recomeçar? Jamais!
A vida foi em frente.
Você simplesmente não viu que ficou.
Pra trás!"

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