30 de agosto de 2010

Uma foto, uma história III

Apollo
Cometeria um erro grave se esquecesse dele.
Uma vez li em algum lugar que amor de cachorro é incondicional, que ultrapassa os limites de um ser humano, que a lealdade dele é insuperável e sim é verdade.
A falta que o nêgo faz na minha vida não é brincadeira, me lembro quando cabia no colo, quando já rosnava ao deixar ele preso no quarto, quando destruiu uma Bíblia da minha mãe, eu disse que tava comendo a palavra de Deus.
Muito parecidos não só fisicamente (não), mas o temperamento também, o nêgo me salvou de muitas, ele me ouvia, ele me entendia e sim, falava comigo. Existem coisas minhas que só ele sabe, existem coisas dele que só eu sei.
 Aprendi com ele muitas coisas que muitos cretinos, céticos que se acham donos da verdade nunca irão ensinar, valores que não se aprendem com pessoas, muito menos com palavras.
Saudade, saudade, saudade.
E a situação que sempre vem atona é:
"Tu sente falta de morar em Petrópolis?"
-Não.
"Tu sente falta das pessoas? Da casa? Dos vizinhos?"
-Não.
"Do que tu sente falta então?"
-Do nêgo.

E o som?
Art Popular - Canto da Razão

25 de agosto de 2010

O Momento Certo

Defina um momento certo, a tal hora certa. (pra que?).
Pra qualquer coisa.
Para tomar uma decisão importante, ou mudar sua postura com relação a alguma situação que te incomoda, pra conversar com quem não se conhece, pra dizer que se gosta de alguém, pra dizer que se odeia alguém, pra bater de frente e discutir, pra se pedir desculpas e sair.
Qual o momento certo?
Me coloco nessa também, muitas vezes mudo minha opinião e assumo posturas diferentes. E algumas vezes sou cobrado com "Não era a hora certa." Eai vem a pergunta, qual é a hora certa? Qual o momento certo para as ações que mexem com agente, ou com outras pessoas, que por mais simples que seja pode mudar alguma coisa em alguém?
Acho que a hora certa agente que faz, acredito que o momento certo vem quando não se espera mais nenhuma reação de ninguém. E cabe a nós achar o momento certo.
E o som?
Agente ouve um Dudu.
Dudu Nobre - Moro na roça

"Amanhã eu vou me embora,
Vou levar comigo Maria Candeia
Se a noite tiver chuva,
os ólho dela que nos alumeia!"

Eai, o que tu tem pra me dizer?

22 de agosto de 2010

Tênis da sorte

Em momentos difíceis ou decisivos em que nos falta um pouco da fé e nos sobra um pouco de receio das coisas não darem muito certo, nos agarramos em alguns detalhes engraçados.
Não sou de superstição, longe disso. Tenho alguns costumes, antes de entrar em campo, ou de assistir jogos, ou até de tomar banho (não).
Nos últimos tempos tivemos grandes emoções, jogos decisivos, datas que demoravam a chegar no calendário. Para a grande maioria deles usei o mesmo tênis - confortável, não passava água, perfeito para dias complicados.
O vermelho e preto me acompanhou em todos, desde a primeira peleia contra o San Diego do qual não tínhamos vitórias a dois anos... E ganhamos. Depois a semi-final contra o mesmo, debaixo de chuva onde ganhamos de novo. No jogo contra o São Paulo pela Libertadores da América no Beira-Rio que também ganhamos.
Aí veio a final do Gaúcho de Rugby onde perdemos e sim, ele estava comigo.
Depois disso veio a final da Libertadores 1x0 Chivas bem no início, nesse momento olhei pra baixo. Pro tão querido vermelho e preto, e disse: "Tu tá de pegadinha né?"
Fim de jogo 3x2 Inter.

No fim das contas, nada disso importa. Mas sigo tratando com carinho o vermelho e preto.
Nunca se sabe né. ;]
E o som?
Eu que ando por aí meio apaixonado. Não por pessoas, mas pelas situações. Isoladas, mas ainda sim. Situações. E ando também bem Fundo de Quintal. Agente vai de Arlindo Cruz.
Pureza da Flor - Arlindo Cruz
"A pureza da flor? Sou eu!
E o teu cobertor? Sou eu!
Verdadeiro amor
Sou eu, sou eu, so eu, sou eu, sou eu!"

15 de agosto de 2010

Final: Farrapos 9 x 0 Charrua

Perdemos, perdemos por que fomos piores que o adversário. O melhor ganha e o pior perde como já escrevi por aqui em um passado recente. Os quinze índios deixaram tudo que podiam em campo (dentro das condições da situação de jogo), foram quinze gigantes os 80 minutos. Parabéns ao Farrapos (campeão gaúcho de rugby 2010) que aproveitou bem suas oportunidades e marcou.
Com relação a Rugby mesmo, essas são minhas considerações.

Parabéns as torcidas de todas as equipes que encheram a arquibancada do estádio da PUC, criando uma atmosfera de Rugby jamais vista aqui no sul.
Caímos, mas caímos em pé, com a cabeça erguida e sem parar um minuto.
"Con esta remera no te cansas nunca."
Tenho orgulho dessa família, um orgulho sem restrições, uma família que me acolheu no início de 2006 e que até hoje faz parte da minha vida.Serei Charrua, seja longa a jornada, seja dura a caminhada, Charrua no peito, na pele e na alma, no grito e nas palmas, serei Charrua!
"Volveremos volveremos
volveremos otra vez
volveremos ser campeones
como en la primera vez"
Jamais entregue estará aquele que sempre peleia!
Na boa e na ruim.
CHARRUA.

13 de agosto de 2010

Charrua vs Farrapos - Final

Amanhã é o grande dia.
Final do campeonato Gaúcho de Rugby.
Segue um trecho de um texto transmitido por Gabriel Bolzan Motta, nosso pontinha que em pouco tempo conseguiu mostrar que tem sangue vermelho e azul e coração de índio.
Força Gabriel, estamos contigo!

"Joguem com vontade: vontade de ser os melhores, vontade de chegar no lugar mais alto, vontade de poder largar o grito de CAMPEÃO!
Joguem com garra: com a garra de quem tira um metro quadrado de grama em cada arrancada.
Joguem com determinação: determinados a alcançar o in goal do adversário, determinados a não deixar passar ninguém pela linha de defesa e de passar sempre pela linha de defesa deles.
Joguem com raça: raça pra fazer os gordos empurrar um scrum que pese 2 toneladas, como se fosse um saco com penas, raça que vai se transformar em tackle sempre que houver um ataque do time adversário, raça que vai se tornar um urro de força traduzido em cada movimento.
Joguem com confiança: confiança que vai brilhar no olho em cada contato, em cada corrida, e que vai transformar nosso time numa seleção.
Mas, acima de tudo, joguem com paixão: porque somente os apaixonados podem fazer qualquer coisa, porque somente os apaixonados alcançam qualquer objetivo, porque somente os apaixonados tem tudo sem ter nada; Joguem com paixão porque somente os apaixonados chegarão à glória!
Esse time é grande, é forte, é unido. A alma do Charrua é transmitida para todos os que chegam novos ao clube. Digo isso por experiência própria e acredito que muitos afirmariam o mesmo no meu lugar. Em campo, mostrem essa alma, honrem essa alma!"
Seja o que Deus quiser, nós somos capitães do nosso destino e faremos de TUDO para conseguir nosso objetivo.
Boa sorte a toda família CHARRUA!

"Mas antes de me julgar por isso, me julgue pelo amor que tenho pelo velho índio Charrua e se um dia tu sentir um pouco desse amor que eu sinto terá todas as respostas que necessitas."

NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!

11 de agosto de 2010

Uma foto, uma história II

31 de dezembro de 2009 - Jurerê Internacional / Florianópolis - SC
Dois mineiros, duas paulistanas e um gaúcho em Floripa.
Essa história começa antes do dia 31 de dezembro, essa história começa uns dez dias antes, quando decepcionado com tudo e todos, pressionado por pessoas que estavam perto, eu fugi.
Fugi sem expectativa nenhuma e encontrei exatamente o que eu queria. Pessoas com um 'feeling' que eu nunca tinha visto e pra encerrar um reveillon que ficou guardado na história, as vezes começo a rir sozinho me lembrando desses dias. De todas as correrias, de toda a areia, de todo o sol, de todas as pessoas.
E de que somos MUITO maiores do que as coisas e pessoas que nos incomodam, somos MUITO maiores que os nossos problemas.
As promessinhas de fim de ano nunca foram feitas, as metas estabelecidas? Também não.
Mas quem se importa com isso?
Som?
Otherside - Red Hot Chili Peppers

9 de agosto de 2010

Segunda-feira: Dia da mentira

Ah! Segunda-feira! Dia da mentira! Dia que mentimos para nós mesmos que a semana vai ser boa, dia que (tentamos) nos enganar para levantar da cama nesse clima super agradável. O dia que muitas vezes ignoramos e só deixamos passar, já esperando o desenrolar da semana, esperando também o próximo final de semana.
Ah! Segunda-feira!

Se não bastasse o dia e o clima, essa cabecinha aqui não anda das melhores (ou nunca esteve melhor, entendam como quiser), com um ar meio destrutivo e super realista (pessimista), munido deste humor super doce e amável (NÃO) enfrentei uma aula super produtiva (NÃO) de Comportamento Humano da qual compartilho alguns trechos aqui:
Começamos pela educadora, uma mulher com seus lá 50 anos que fala contigo como se estivesse falando com seu poodle macho castrado com nome feminino -cheia dos guéri guéris-, nada contra isso, juro!
Depois que tu se acostuma, nem percebe mais.
O mais perceptível é o comportamento humano, dela no caso.
Foram as duas horas e quinze minutos mais produtivas da semana! (NÃO)  Aquela mulher que já aparentava não fazer sexo a uns belos 10 anos, veio com uma dúzia de frases feitas, uns dez julgamentos clínicos e uns três livros do tal do Freud.
Eu não tenho nada contra o Freud, juro. Só que o cara sabia demais e isso me irrita, me irritou nos primeiros dez minutos. Nesse exato momento minha cama esfriava solitária e meu sono ia embora por água a baixo.
Tomara que esse espírito destrutivo vá embora logo, ou tomara que fique mais uns dias. A culpa não é minha mesmo. Isso é só o reflexo das situações como diria Freud.
E o som?
Eu ía botar uma música que anda fazendo sentido nos últimos dias (Meu erro - Paralamas do Sucesso). Mas não estou muito na vibe. Vamo de batuque.

Revelação - Quer Bagunçar
"Você quer massagem e nem toca na bola
Você pede gole e nem é de beber
Você diz que manda e a massa ignora
Geral tá ligado legal de você
Você tá forçando uma barra, cuidado não vai por ai!
Tem gente de olho no seu proceder
Se liga no tom e canta pra subir"
Minha perna é maior, não sabe brincar não desce pro play. Administra a tua situação, quando aprender me liga.

7 de agosto de 2010

Personalidades I: Muhammad Ali

Nesta série de Personalidades não entrarei tanto em méritos históricos, biográficos nem nada do tipo, até por que acredito que a grande maioria das pessoas conheçam os nomes aqui citados. E lá vamos nós! 

Conhecido como Cássius Marcellus Clay Jr. no início de sua carreira se  converteu ao islamismo, sendo chamado então de Muhammad Ali. Famoso por suas declarações polêmicas relacionadas a seus adversários, suas lutas e claro seu ego.


Considero um leão, pela sua postura e pelas decisões que tomava, mesmo muitas vezes pagando o preço. A grande prova disso foi quando se recusou a servir o exército americano em 1967 na Guerra do Vietnã, por considerar que o conflito só servia para matar soldados negros. Por isso teve de devolver o cinturão de campeão mundial de pesos pesados, perdeu sua licença de lutador e quase foi preso. Mais importante que qualquer luta, Ali perdeu o direito de colocar suas luvas e lutar profissionalmente durante três anos e meio.

Recuperou o cinturão logo após sua reabilitação nos ringues, mas perdeu em seguida para  Joe Frazier. Recuperou o título de campeão dos pesos pesados na maior luta de sua carreira contra George Foreman na sua melhor forma, enquanto Ali desacreditado pela imprensa era um mero desafiante. Após segurar o campeão durante oito assaltos, começa sua reação com Foreman já cansado e Ali guardando o seu melhor, faltando 20 segundos para terminar o assalto.


Foi o único boxeador que até hoje suportou 12 assaltos com o maxilar quebrado (luta com Ken Norton, em 1973).
Algumas frases desse guerreiro soberbo (dentro de todos os seus méritos):

"É a falta de fé que faz as pessoas terem medo de encontrar desafios, e eu acredito em mim mesmo."

"Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm profundamente dentro de si — um desejo, um sonho, uma visão."

"A força de vontade deve ser mais forte do que a habilidade."

"Quando se é tão grande como eu, é difícil ser humilde."

"Às vezes eu tento ser modesto. Mas aí começam a me faltar argumentos."

"Flutuar como uma borboleta, ferroar como uma abelha. Seus punhos não podem bater o que seus olhos não podem ver. "

"Se você pensa que a renúncia de Nixon surpreendeu o mundo, espere por mim, você vai cair de bunda, quando eu lutar com Foreman."

"Eu sou o maior. Como eu disse antes mesmo de saber quem eu era."

"A melhor maneira de fazer seus sonhos é acordar todos os dias."

"Sou tão rápido que a noite passada eu desliguei a luz do meu quarto de hotel e me deitei antes do quarto ficar escuro."


“Existem duas coisas dificies de ver e acertar, uma é um fantasma e a outra é Muhammad Ali”.


4 de agosto de 2010

Todo carnaval tem seu fim


Sabe aquele dia que tu acorda, levanta da cama e diz:
"É hoje! Hoje que me resolvo, hoje que resolvo todas as pendências que posso resolver, com todo mundo."
Pois é. Esse dia chegou, depois de alguns dias pensando sobre isso e sobre todas as pessoas que eu tinha que falar, prometi. Prometi pra mim, que ia (tentar) resolver tudo, tudo que não foi resolvido, tudo que irritava, tudo que incomodava. Situações chatas, conflitos, coisas e pessoas, não importa.
Comprei um saco cheio de pontos finais e fui pro pagode. Pensei em desistir disso várias vezes no meio do caminho, mas o orgulho incorruptível já falado por aqui num passado distante, esse mesmo me manteve em pé.
O lado positivo e negativo (sim, ao mesmo tempo) disso tudo é que (se tu quiser, claro) tu fecha ou abre portas (não de forma absoluta) e define diversas coisas.
A palavra é Definir.
O ser humano em si tem o vício de omitir as coisas, e se perder em informação sem saber realmente o que está se passando. Muita gente não está pronta para essa tomada de decisões, muitas pessoas tem medo pois acham que cada verdade é absoluta e essa é a maior mentira de todas. Só espero que as portas que eu estou encostando se abram novamente um dia, isso não depende de mim. Nunca dependeu de mim.
E o som?
Seguindo a linha, de uma forma otimista como sempre foi.
Rappin hood - Dia de desfile
"Nó na madeira, tipo João Nogueira
meu bumbo é pesado tipo estação primeira."

2 de agosto de 2010

Charrua 13 x 10 San Diego

Chegamos, depois de passar muito trabalho, algumas lesões, um pouco de suor, sangue, lágrimas. Depois de muita determinação, comprometimento e claro CORAÇÃO, muito coração.
Chegamos, estamos na final. No dia 31 de Julho o Charrua Rugby Clube entrou em campo contra seu rival San Diego, o clássico já tinha ocorrido para cumprir a tabela do campeonato a quinze dias atrás com vitória Charrua por 15 a 12. Mas este jogo meus amigos, este era diferente.
Além de ser um Clássico era a semi-final do campeonato Gaúcho. O trabalho de todo um semestre estava em jogo, para os dois clubes.
Fotos por Fernando Banzi
O horário de saída da delegação vermelha e azul estava marcada para 12:00, quando acordei abri a janela e vi a (ainda) leve chuva que caia, o pensamento veio rápido -Vamos ganhar está merda-. Confiando como sempre no trabalho dos gordinhos, até por ter jogado de half um belo de um tempo tenho simpatia pelos oito primeiros (rá!).
E com essa confiança saí em direção ao ponto de encontro, chegando lá era nítida a impressão de que o dia seria diferente, de que não era um sábado normal.
Algumas pessoas agitadas, outras apreensivas e outras nem dando bola. Quando chegamos ao campo de jogo a chuva já apertava um pouco e o jogo não demorou a começar, ficamos em um lugar que dificultava um pouco a visão do jogo em si (atrás do in-goal), mas que no final (pelo menos pra mim) fez a diferença.
Com a chuva já bem forte e completamente inquieto, não conseguia ficar no local coberto junto com nossa torcida, colei na grade como de costume, pegando chuva ou não isso não importava no momento.
No primeiro tempo atacamos para o lado oposto a torcida, numa jogada bem trabalhada dos nossos queridos gordinhos saiu ainda no primeiro tempo o Try do Charrua, ouvi apenas o apito continuo do arbitro. TRY! Um pouco distante dos paus e devido as condições de chuva, não convertemos 5x0 Charrua! A resposta adversária demorou um pouco para vir, mas veio. Rápidos e bem entrosados, em uma jogada pelo lado fechado, saindo da base de um ruck o San Diego marcou seu único try da partida, acertando sua conversão passava na frente no placar 7x5 San Diego. Fim do primeiro tempo.
Fotos por Fernando Banzi

Estávamos perdendo e fora do campeonato, mas antes deste pensamento martelar na cabecinha de vento aqui o segundo tempo começou. Quando olhei para o lado haviam muito mais pessoas na chuva do que eu imaginava.
Charrua agora atacando para o in-goal onde estávamos, um penal muito bem chutado para a lateral, nas 5 adversárias. Neste momento todos gritavam em uma só voz CHARRUA! CHARRUA! CHARRUA!
Sem parar um instante.
Line-out ganho no primeiro elevador, um maulzinho seguiu quase saindo do campo, girou na hora certa, e foi girando, girando, girando, avançando, avançando, avançando. Todos ainda gritavam quando a bola foi apoiada no in-goal, o apito anunciou. TRY! E a torcida veio a baixo, os gritos que ajudaram nossos gordinhos a empurrar e definir a jogada em TRY. Try que novamente não foi convertido 10x7 Charrua. Nesse momento faltavam lá seus 10 minutos para terminar, coração na mão. Um momento de nervosismo dentro de campo. Penal! Convertido pelos queridos. 10x10.
Fotos por Fernando Banzi
As vozes eram incessantes "e agora?" "serão dois tempos de dez minutos!"  Prorrogação com morte súbita. Quando ouvi isso gelei. Fim do segundo tempo.
O primeiro tempo da prorrogação começou, com chances para os dois lados, com penais cobrados rápidos e chutados aos paus, nenhuma das duas opções com sucesso. Nervoso, Charrua atacava novamente para o outro lado e o tempo voava.
Fim do primeiro tempo da prorrogação.
Quando o segundo tempo começou, não parávamos de gritar e cantar. Charrua ganhava espaço com os gordinhos, martelou, martelou, martelou. Penal! Um pouco longe, cobramos rápido e jogamos. Avançando devagar e o relógio correndo rápido, mais um. PENAL! Esse mais perto.
"Paus! Pede paus!" todos gritavam.

Juan ajeitou com carinho. Olhou bem para o H que estava bem na minha frente. Neste momento eu já estava encharcado, ajoelhado com uma bandeira do Charrua nas mãos. sem tirar o olho do H. Juan se movimentou em direção a bola e chutou. Ela subiu, subiu, subiu e veio perdendo força mas veio. A bola que parecia não entrar acabou morrendo dentro dos paus a centímetros da trave. O apito final veio logo na seqüencia. 13X10 Charrua! Em uma atmosfera inesquecível.
Fotos por Fernando Banzi

Agradeço ao meu clube por me proporcionar estes momentos, pois todos Charruas sabem o que passamos, a renovação veio, a adaptação demorou.
E os resultados que marcam um recomeço chegaram. Sabemos que não termina aí, que ainda há muito a ser feito, mas por agora.
Obrigado.

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